Saiba como montar as refeições em cada fase da infância
Respeitar as peculiaridades de cada
fase do desenvolvimento humano é primordial para a saúde física e também a
psicológica. Pular etapas, principalmente na infância e na adolescência,
prejudica o amadurecimento e pode ter consequências na vida adulta e na
velhice. No que diz respeito à alimentação, isso é ainda mais palpável, pois as
consequências são rápidas e visíveis. “A relação com a alimentação tem um papel
fundamental no bem-estar físico, emocional e social da criança. Hábitos
incorretos resultam em inúmeros prejuízos, envolvendo doenças como desnutrição,
anemia, raquitismo, obesidade, além de déficit no crescimento”, afirma a
nutricionista Erika Romano.
De acordo com a Organização Mundial da
Saúde (OMS), a alimentação infantil vai do nascimento até o fim da
adolescência, aos 19 anos de idade. A atenção à nutrição deve começar já na
primeira mamada do recém-nascido, como explica Tamara Lazarini, mestre em
nutrição pela Universidade de São Paulo (USP), gerente do departamento
científico da Danone Baby e ex-presidente da Associação Paulista de Nutrição
(APAN): “As bases da alimentação são fixadas na infância e os mil primeiros
dias são cruciais para determinar o futuro da criança”.
A nutricionista Fabiana Borrego,
especializada em Nutrição Clínica e em padrões gastronômicos, ressalta que o
papel da família é relevante nesse momento. “Estudos mostram que o filho que
faz ao menos quatro refeições por semana com a família tem menos risco de
desenvolver transtornos alimentares, agressividade e inapetência (ausência de
apetite). Mas muito da alimentação incorreta das crianças está no comportamento
dos pais: para ajudá-las, é preciso antes mudar o padrão alimentar dos adultos.
Precisamos mostrar o mundo maravilhoso dos alimentos para todos. Hoje em dia,
todos querem comida rápida e prática de ser consumida, mas fruta também é ‘fast
food’. Tem coisa mais rápida que pegar uma maçã para comer?”, sugere.
“Será que meu filho está comendo direito?”
Se o filho come até o último grão de
arroz do prato a cada refeição ou se ele deixa restos não importa tanto: pais
sempre tenderão a se preocupar se ele está comendo o suficiente. Isso é bom,
mas não deve causar desespero, segundo Fabiana: “É um pensamento até ‘antigo’,
pois cada criança tem uma necessidade nutricional diferente, um biotipo
próprio. Às vezes, ela não raspa o prato, mas o que comeu é suficiente para nutri-la”.
FONTE: IG
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